quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A partir de 21 de agosto, humanidade estará consumindo as reservas ecológicas da Terra

Em poucos dias, no dia 21 de agosto, teremos desperdiçado todo o capital que o planeta colocou à nossa disposição neste ano. Teremos utilizado toda a água que se recarrega espontaneamente nas camadas subterrâneas, as ervas que os campos produzem, os peixes do mar e dos lagos, as colheitas das terras férteis, o frutos dos bosques.
E, ao mesmo tempo, teremos exaurido o espaço útil para amontoar os nossos detritos, começando pelo gás carbônico que está desencadeando o caos climático. A partir do dia 22 de agosto, se deveria declarar a falência ecológica da espécie humana.
Mas, visto que parar é impossível, e as alternativas continuam na gaveta, resolveremos o problema repassando a conta para os nossos netos: deslocaremos o problema para o futuro. Pegaremos a água que corre nos depósitos fósseis, aqueles que não se alimentam com as chuvas. Forçaremos o ciclo do pastoreio sacrificando os campos no deserto. Esvaziaremos mares e rios das várias formas de vida, retirando mais do que a restituição geracional oferece. Continuaremos perdendo uma superfície florestal igual a 65 campos de futebol por minuto. E deixaremos que os gases poluentes invadam a atmosfera, prendendo o calor sobre a nossa cabeça e multiplicando as enchentes e os incêndios.
O alarme vem da Global Footprint Network, que há muitos anos calcula a pegada ecológica que corresponde aos vários estilos de vida. Se todos vivêssemos como os cidadãos dos EUA, precisaríamos de outros quatro planetas para satisfazer as nossas exigências. Se vivêssemos como os ingleses, seriam necessários outros dois países e meio. Os italianos consomem um pouco menos, mas também precisamos de um suplemento igual a mais de um planeta e meio. Para chegar a uma média per capita (embora uma média temporária, dada a taxa de crescimento), deve-se tomar os chineses como ponto de referência. Os indianos, ao contrário, usam aquilo que precisam e deixam os recursos de mais de meio planeta à disposição de outras espécies.
Tirando as somas globais, descobre-se que hoje já se consomem os recursos de um planeta e meio, e a taxa de voracidade continua aumentando. Por milhares de anos, os seres humanos satisfizeram suas necessidades utilizando só os juros do “capital natureza”. O limite crítico – o momento em que a demanda de serviços ecológicos superou a taxa com a qual a natureza os regenera – foi tocado no dia 31 de dezembro de 1986. Em 1987, o a linha vermelha caiu no dia 19 de dezembro. Em 2008, ficamos na estaca zero no dia 23 de setembro, enquanto em 2009 o Earth Overshoot Day foi alcançado no dia 25 de setembro. Neste ano – também por força de um cálculo mais sistemático dos campos efeticamente disponíveis –, teremos que começar a pedir empréstimos a nossos netos já no dia 21 de agosto.
“Se uma pessoa gastasse o seu salário anual inteiro em oito meses, teria que estar muito preocupada”, comentou Mathis Wackernagel, presidente da Global Footprint Network. “A situação não é menos alarmante quando tudo isso ocorre com o nosso crédito ecológico: as mudanças climáticas, a perda da biodiversidade, a falta de alimentos e de água demonstram que não podemos continuar financiando os nossos consumos endividando-nos. A natureza está prestes a perder a confiança na nossa conta ambiental”.
Porém, como nota Roberto Brambilla, que trabalha no cálculo da pegada ecológica para a rede Lilliput, para começar a reduzir o nosso impacto no ambiente basta pouco: comer menos carne, preferindo a do circuito biológico, utilizar bicicleta ou metrô algumas vezes, usar fontes renováveis. A soma de milhares desses pequenos gestos faz a diferença entre os consumos de um norte-americano (que tem uma pegada ecológica de nove hectares) e o de um alemão, que é de quatro hectares.

* Tradução: Moisés Sbardelotto
(IHU On-line)


ONDE VAMOS PARAR ? ...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

SOBRE A MEDITAÇÃO



O QUE É MEDITAÇÃO?

A meditação é uma aventura rumo ao desconhecido, a maior aventura que a mente humana é capaz de empreender A meditação é simplesmente ser sem fazer nada — nenhuma ação, nenhum pensamento, nenhuma emoção. Você apenas e isso é um grande prazer De onde vem o prazer de não estar fazendo nada? Vem de lugar algum ou de todos os lugares. Não há uma causa, porque a existência é feita de algo chamado alegria.



Testemunhar — o espírito da meditação. Quando você não está fazendo absolutamente nada, física ou mentalmente, quando toda a atividade cessa e você está presente, apenas existindo, chamamos isso de meditação. Não é algo que possa ser feito, nem é possível exercitar-se para isso: basta entender.


Sempre que encontrar um tempo para apenas ser, largue tudo o que estiver fazendo. Pensar, concentrar-se ou contemplar também são fazer algo. Se, por um único momento, você não fizer nada e estiver voltado para dentro de si mesmo, completamente relaxado, isso é meditação. Depois de aprendê-lo, será possível permanecer nesse estado pelo tempo desejado ou até ficar assim durante 24 horas por dia.


Na segunda etapa da meditação, após perceber como o seu ser pode permanecer imperturbável, lentamente você pode começar a fazer algumas coisas, cuidando para que o seu ser não fique agitado. Primeiro, aprenda a só ser, depois aprenda a fazer pequenas coisas, como varrer o chão ou tomar banho, mas mantendo-se centrado. Então você estará pronto para fazer coisas mais complexas.


Ainda que eu esteja falando com você, minha meditação não foi perturbada. Posso continuar falando sem gerar a mínima agitação interior: o meu centro está calmo e silencioso.


 A meditação não é contrária à ação, não requer que você fuja da vida. Ela apenas lhe ensina uma nova maneira de viver, na qual você se torna o centro do ciclone.
A vida continua, porém com mais intensidade, mais alegria, mais visão, mais criatividade, enquanto você permanece indiferente — um observador distante, vendo tudo o que acontece ao seu redor.


Você não é aquele que faz, e sim o observador.


O segredo da meditação é tornar-se o observador. As ações seguem o seu curso: é possível fazer pequenas ou grandes coisas, contanto que você não perca a concentração.


Essa consciência e essa capacidade de observação devem permanecer tranqüilas, imperturbáveis.


No judaísmo existe uma escola de ocultismo dissidente denominada hassidismo. O seu fundador, Baal Shem, era um ser especial. Tinha uma rotina: no meio da noite, era visto voltando do rio. À noite, rio era absolutamente calmo e quieto. Ele costumava ficar lá sentado, sem fazer nada: apenas observando o seu próprio eu, observando observador. Uma noite, quando voltava do rio, Baal Shem passou pela casa de um homem rico e o vigia à porta o notou.


O vigia estava impressionado porque todas as noites, naquela hora exata, Baal Shem voltava do rio, vigia aproximou-se e disse:


— Perdoe-me por interrompê-lo, mas não posso conter a minha curiosidade. Você está me assombrando dia e noite, todos os dias. Qual é o seu propósito? Por que vai até o rio? Muitas vezes o segui e nada acontece: você fica sentado lá durante horas seguidas e volta no meio da noite.


— Sei que você me seguiu muitas vezes — retrucou Baal Shem —, porque a noite é muito silenciosa e ouço os seus passos. Sei também que todos os dias você fica escondido atrás do portão. Assim como você fica curioso quanto a mim, também fico curioso quanto a você. Qual é o seu propósito?


O homem surpreendeu-se.


— Qual o meu propósito? Sou apenas um vigia.


— Meu Deus! — exclamou Baal Shem. — Você me deu a palavra chave. Esse também é o meu propósito!


— Mas não entendo. Nós, vigias, devemos vigiar uma casa ou um palácio. O que você está vigiando lá, sentado na areia?


— Há uma pequena diferença — ressaltou Baal Shem. — Você observa se alguém de fora quer entrar no palácio; eu simplesmente observo esse observador. Quem é esse observador? Este é o trabalho da minha vida inteira: observar a mim mesmo.


— Isso é bem estranho — ponderou o vigia. — Quem é que lhe paga por isso?


— A felicidade é tanta, tamanha é a alegria, é uma bênção tão imensa que o trabalho se paga plenamente — argumentou Baal Shem. — Basta um único momento e todos os tesouros não são nada em comparação com o que tenho.


— Mas que estranho — insistiu o vigia. — Durante toda a minha vida eu tenho sido um observador, mas nunca tive uma experiência tão bonita. Amanhã à noite vou junto, para que me ensine como faz. Já sei observar, então parece que basta mudar a direção, pois você está olhando em outra direção.


Basta um único passo para a direção ou a dimensão certa. Podemos nos concentrar no exterior ou fechar os olhos para ele e deixar que toda a nossa consciência se centre no interior. Você saberá quando isso acontecer porque você é a percepção. Ela nunca foi perdida, mas estava emaranhada com mil e uma coisas. Remova a sua percepção de todos os lugares e, aos poucos, deixe-a descansar dentro de você — então terá chegado em casa.


O núcleo fundamental, o espírito da meditação, é aprender a testemunhar. Um corvo grasna, você escuta. São dois elementos, o objeto e o sujeito. Mas será possível ver a testemunha que observa ambos? Há o corvo, há o ouvinte e há ainda alguém que está vigiando ambos.


É muito simples.


Observar é meditação. O que está sendo observado é irrelevante. Você pode olhar as árvores, o rio ou as nuvens, como também pode olhar as crianças brincando ao seu redor. Observar é meditação. O que se observa o objeto, não vem ao caso.


Lembre-se de uma coisa: meditação significa percepção. Tudo o que é feito de forma perceptiva é meditação. Não importa qual é a ação, e sim a qualidade dessa ação. Caminhar pode ser uma meditação se você caminhar atentamente. Sentar ou ouvir os pássaros pode ser uma meditação se você sentar ou ouvir atentamente. Escutar o ruído interior da sua mente pode ser uma meditação se você estiver atento e observando. Se não se mover como se estivesse dormindo, tudo o que você fizer será meditação.


O primeiro passo para aumentar essa percepção é permanecer muito atento ao seu corpo. Pouco a pouco, você ficará mais atento a cada movimento. À medida que você se torna mais e mais perceptivo, um milagre começa a acontecer: muitas das coisas que costumava fazer deixam de existir. O seu corpo fica mais relaxado e mais harmonizado. Uma paz profunda começa a envolvê-lo e o seu corpo passa a pulsar com uma música sutil.


Comece então a ficar atento aos seus pensamentos. Eles são mais sutis que o corpo e também mais perigosos. Mas, quando se tornar perceptivo em relação a seus pensamentos, se você anotar tudo o que ocorre em qualquer momento, ficará surpreso.


Depois de 10 minutos, leia o que escreveu e verá uma mente insana dentro de você! Por não estarmos perceptivos, toda essa loucura flui como uma corrente oculta, afetando tudo o que fazemos e deixamos de fazer. O somatório final disso tudo será a sua vida, então é preciso mudar essa loucura. O milagre da percepção, contudo, é que basta tornar-se perceptivo — não há nada, além disso.


A própria observação muda tudo. Pouco a pouco, a loucura desaparece e os pensamentos começam a recair num determinado padrão. O caos que produziam deixa de existir e eles entram em harmonia, como um universo. Novamente, uma paz mais profunda prevalece.
Quando o seu corpo e a sua mente estiverem em paz, verá que também estão em harmonia, afinados um com o outro, com uma ponte interligando-os. Já não estão mais seguindo em direções diferentes: pela primeira vez existe uma harmonia que o ajuda imensamente a dar o terceiro passo, o de passar a perceber os seus sentimentos, emoções e humores.


Quando puder perceber esses três aspectos, eles se fundirão em um único fenômeno. E quando todos os três forem apenas um — quando funcionarem em conjunto, perfeitamente —, será possível sentir a sua música, eles serão como uma orquestra. É aí que a quarta etapa acontece. Não é possível fazer nada em relação a ela: acontece por conta própria, é uma dádiva do todo, a recompensa para quem deu os três passos anteriores. O quarto passo é a suprema percepção que produz o despertar. Você passa a perceber sua própria percepção. É isso que cria um buda, alguém que despertou. Somente nesse despertar é possível conhecer a felicidade. O corpo conhece o prazer, a mente conhece a felicidade, o coração conhece a alegria, o quarto passo produz o êxtase. O êxtase é a meta de todos os sannyas, daqueles que buscam, e a percepção é o caminho para ele.


O mais importante é estar constantemente observando, não se esquecer de que está observando.., observando.., observando. Pouco a pouco, conforme o observador vai se firmando, tornando- se mais estável, mais firme, uma transformação acontece. As coisas que ele estava observando desaparecem. Pela primeira vez, o próprio observador torna-se aquele que é observado.

Você chegou em casa.




OSHO. Meditação: a primeira e última liberdade. Rio de Janeiro: Sextante, 2007.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

CONVITE


O I Simpósio Internacional sobre Consciência: promovido pela Fundação Ocidemnte  7º CDE - Organização Científica de Estudos Materiais, Naturais e Espirituais, se constitui em um momento oportuno para, até onde é possível, ampliar-se as análises sobre a Consciência numa perspectiva de evidenciar, nesta oportunidade, que “A Consciência não dista”.
Neste propósito, reuniremos estudantes, especialistas e pesquisadores de Instituições Públicas e Privadas para apresentar à comunidade as mais recentes pesquisas e reflexões sobre o estudo da Consciência, sob a ótica científica, filosófica e/ou religiosa, de forma cada vez mais integrada.
A Fundação Ocidemnte  7º CDE em seus 26 anos de existência, desenvolve experiências nos mais diversos campos do conhecimento. Em seus trabalhos, nossa instituição estimula a responsabilidade social, com o intuito de contribuir na construção de uma sociedade cada vez mais justa e solidária, afinal o valor de sua filosofia, não é outro, senão auxiliar o ser humano quanto a despertar, construir e/ou desenvolver sua Consciência, inclusive através da educação.

REFLETINDO A VIDA

CONSCIENCIALISMO: POR UM NOVO MOVIMENTO SOCIAL REVOLUCIONÁRIO PARA A HUMANIDADE







Ranulfo de Magalhães Castro Neto


Iniciamos nossas reflexões com a seguin­te indagação: O que vem a ser Revolução? De acordo com Ximenes (2000, p. 822) é a ação ou efeito de revolver(-se); transformação ra­dical na estrutura econômica, política, social, cultural ou cientifica. Há mais de dez décadas a humanidade não vê a expressão de um novo movimento social, cultural, filosófico, revolucio­nário, sendo que os últimos que mudaram os rumos da sociedade, em um contexto mais am­plo foram o Humanismo, na segunda metade do século XIV, Renascentismo, no fim do sé­culo XIV até o século XVII aproximadamente, o iluminismo no século XVIII, por fim, e o mais recente, o Existencialismo, meados do século XIX até o século XX, onde cada um destes mo­vimentos contribuíram para o entendimento do ser humano e suas relações com mundo.
Diante dos fatos observados atualmente no planeta: grandes conflitos, desastres natu­rais, grandes crises econômicos, a falta de mo­ralidade; nossas relações deverão estar pauta­das em modos de interdependência, onde cada ser se enxergue como uma peça consistente e flexível, sendo cada vez mais solidário e res­ponsável, havendo, portanto a necessidade de uma nova revolução, lembrando que uma pes­soa é uma multidão; duas é uma conspiração; e três uma revolução.
Tal revolução; demanda principalmente a busca de repostas às grandes questões: Qual a razão da nossa existência? Qual é a finali­dade da Vida e do Princípio Criador? Neste sentido, cabe buscar melhor compreendermos as possíveis relações entre Ser Humano/Deus, Ser Humano/Natureza e Ser Humano/Ser Hu­mano, a fim de identificarmos o que podemos realizar em prol do todo, a partir de nós mes­mos, como a primeira e última oportunidade, buscando nos fatos históricos os instrumentos de transformação social e individual e a influ­ência de uma nova Consciência no favoreci­mento da evolução abreviada do Ser Humano. 










REVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA
“A única revolução possível é dentro de nós”
(Mahatma Gandhi)


Inicialmente a palavra revolução pode propor a ideia de rebelião, revolta ou conduta violenta, porque o Ser Humano em sua constante procura por mudanças, muitas vezes se comporta de forma abrupta, radical, ou até mesmo violenta, gerando desde discussões, disputas ou até mesmo guerras. Porém, como dito anteriormente, revolução é a ação ou efeito de revolver(-se) Ximenes (2000), ou seja, é um ato de transformação de conceitos e atitudes predominantes em nível individual ou social, que só é possível pelo processo de despertamento, construção e/ou desenvolvimento de uma nova Consciência.

A exemplo de Mahatma Gandhi (1869 – 1948), que soube conduzir seu povo a independência sem confrontos armados, mostrando que é possível transformar uma sociedade por meio do desenvolvimento da Consciência, proclamando que a “não-violência não quer dizer renúncia a toda forma de luta contra o mal, pelo contrário, a não-violência [...] é uma luta ainda mais ativa e real que a própria Lei do Talião2 - mas em plano moral.”, através de atitudes que respeitem a dignidade da vida.

Ao pesquisar etimologicamente a palavra Consciência encontramos em Monteiro (2006) o seguinte significado: “palavra de origem latina (conscientìa,ae) que significa ‘conhecimento de alguma coisa comum a muitas pessoas, conhecimento, senso íntimo’.

Segundo o dicionário da língua portuguesa Ximenes (2000, p. 245) “Consciência é a faculdade que permite ao homem o conhecimento e a avaliação do que se passa em si mesmo e à sua volta; a capacidade de julgar os próprios atos, do ponto de vista moral [...]” Para tal, Junior (2007, p. 2) a define como “experiência subjetiva com conteúdo. Ao enfocar a experiência, entendida como o processo pelo qual um ser interage com o seu ambiente “

Morin nos apresenta a consciência em dois sentidos: moral e intelectual. No sentido moral, corrobora com o pensamento de Rabelais que diz: “Ciência sem consciência é apenas ruína da alma”. E no sentido intelectual, relaciona com a aptidão auto-reflexiva, considerada como qualidade-chave da consciência (BARRETO, 2006).

Reforçando ainda mais esta máxima Barreto (2006, p.10) a conceitua como “ [...] uma das mais importantes faculdades inatas capitais do Ser Humano que lhe possibilita, além de saber e sentir, suficientemente, acerca da realidade, segundo, não só conhece, mas também se aproxima daquilo que estabelece aquela moralidade universal [...]”.

No nosso entendimento, a Consciência é vista como causa e efeito dos questionamentos mais abstratos e significativos das relações do Ser Humano com sua essência e a ordem natural do Universo. Entretanto, se percebe uma fragmentação no que tange essas relações, devido à preocupação do Ser Humano com experimentações baseadas somente no raciocínio lógico, esquecendo as ações cognitivas em níveis mais abstratos.

Essa fragmentação, portanto se dá pela falta do exercício do saber pensar, pois pensar é o ato de refletir, julgar, raciocinar, planejar, preocupar - se ou lembrar de algo ou alguém, e como pensamento, a faculdade de pensar, de fantasiar, imaginar, sonhar uma vez que é um ato do espírito ou operação da inteligência (TORRES, 2006, p. 3). Torres (2006, p. 6) evidencia que a faculdade humana de imaginar, pensar, produzir pensamentos e de inteligir sobre os mesmos são essenciais para a compreensão da vida e de seus ditames.

Percebido que o saber pesar é um impulso constante de inquietação do saber o que é; as sensações provocadas por esta busca sofrida, racional ou intuitiva, possibilitam-nos a evolução e nos leva ao aperfeiçoamento, a construção e desconstrução de pensamentos e/ou ações, levando ao questionamento de valores e provas imutáveis, desvendando um completo estado de libertação de Consciência, um melhoramento das relações do seu ser com o mundo externo, buscando a reflexão no sentido alfa das relações.

Refletir sobre as expressões do pensar humano é de essencial importância se levarmos em conta o fato de que nossas ações são o resultado do que sentimos e pensamos, quer consciente ou inconscientemente. (TORRES, 2006. p.1)

Assim, autoconhecer-se é grande chave para os questionamentos a cerca de uma totalidade em comum e do viver universal,  interagindo com o seu eu interior e as forças da universalidade, ou seja, experimentar, desenvolver, transcender a Consciência, esta força vital que promove revolução/evolução, é o elo e o alicerce principal de convergência desse novo movimento, no que tange as leis universais e suas atribuições acerca do viver.

Onde o Universo/Planeta/Ser Humano é a tríade que rege esta “orquestra” tão primorosa e delicada, onde nós devemos sim, começar a ser solidários e responsáveis pela sua preservação e não tentar se desvencilhar desta rota harmônica, transformando cada dia e /ou momento em um novo desafio, pois, o maior desafio é fazer cada Ser Humano vencer suas próprias limitações.
Assumimos então, a Consciência como caminho de transformação da humanidade, pois ela favorece a revolução – evolução de um estado inicial mais superficial para um estado de desenvolvimento humano mais profundo e essencial. Porque a grande necessidade é de enxergar o universo como um sistema complexo e harmônico e (re) descobrir que não somos exclusivamente produto do meio em que vivemos, mas o reflexo de uma força interior que por muitas vezes não nos permitimos conhecer, conforme Barreto (2006, p.2):

O estudo da Consciência nos remete a uma melhor compreensão da vida, a partir da concepção do Ser Humano como uma totalidade. Portanto, um Ser que sente, pensa e age, lembrando que os nossos sentimentos, pensamentos e atos, nada mais são senão expressões de nossa consciência.

Onde a mesma nos permite compreender melhor a vida, partido da observação de nós Seres Humanos como uma totalidade, desvendando-nos em um eu mais profundo, a percepção da realidade que nos cerca, pois,

[...]esta que é a força do Ser Humano que o permite exilar-se, meditar e silenciar-se, voluntariamente, para ouvir, d’Aquilo que lhe é Origem Causal; origem esta da qual, tudo tem sido dito, e que todos têm ouvido, embora nada tenha sido falado (BARRETO, 2008, p.3).

De acordo com esta concepção, vislumbraremos possibilidades de revoluções significativas, sem brigas, sem guerras, onde o Ser Humano, ciente de seu poder de transformação, será levado a resultados mais duradores.

Diante do Exposto, a Consciência, causa e efeito de transformação, é o alicerce do Consciencialismo, onde a finalidade maior é constituir os pilares deste novo movimento social, cultural, filosófico, revolucionário, alertados por um novo posicionamento mais consciente de todos os Seres Humanos perante a Obra Universo, a Obra Planeta e a Obra Ser Humano.








OS PILARES DO CONSCIENCIALISMO COMO UM NOVO MOVIMENTO SOCIAL/REVOLUCIONÁRIO
“A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.”
(Albert Einstein)


Mostramos que a Consciência é a caminho de transformação para um novo Ser Humano, consciente de sua totalidade e unicidade perante o Universo. Neste contexto, as bases de ação humana estarão em seu próprio interior (BARRETO, 2009), constituindo assim os pilares do Consciencialismo em três aspectos: Estrutura Física, Psíquica e Moral; Níveis de sentir, pensar e agir do Ser Humano; Relação Entre Ser Humano / Deus; Ser Humano / Natureza; Ser Humano / Ser Humano.

O Ser humano é um ser bio-psico-sócio-espiritual e refletir sobre as questões humanas é estar ciente da sua estrutura física, psíquica, moral: é permitir que cada Ser Humano tenha consciência de sua condição humana, situando-a em seu mundo físico, em seu mundo biológico, em seu mundo histórico, em seu mundo social, a fim de que tal condição possa ser assumida (MORIN, 2001). Por isso se faz necessária mudança de postura e pensamento.

Segundo Morin (2000) há necessidade de um pensamento que ligue o que está separado e compartimentado, que respeite o diverso, ao mesmo tempo que reconhece o uno, que tente discernir as interdependências.

Para isso, o Ser Humano precisa estar consciente de seu movimento em relação a si próprio; ao outro e a natureza; ser ético, socialmente responsável, com posicionamento visionário, sem limites para criatividade, usando o corpo para expressar e canalizar a energia do Universo. Então:

[...] a ação ou o pensamento (que são a mesma “coisa”) brotam de uma parte da nossa consciência. Existe uma certa freqüência ou vibração associada à ação ou pensamento. Quando agimos, endossamos aquela realidade, de modo que nos conectamos ao universo pela freqüência ou vibração associada. Tudo “lá fora” com a mesma freqüência responderá a ela, e será refletido em nossa realidade. [...] tudo em nossas vidas — pessoas, lugares, coisas, tempos e acontecimentos — não são senão reflexos de nossas vibrações pessoais. [...] (ARNTZ et. Al, 2007, p111)

Nesta perspectiva, corroborarmos com a idéia de Barreto (2009, p.6) quando afirma que:

O desafio é reconhecer o imutável em si mesmo e caminhar em sua direção, o que perpassa pela busca não só do conhecer, como também do sentir e do ser, pois quando o Ser Humano aprende e sente, enfim, compreende que sua existência está diretamente relacionada com o Imutável, então seus pensamentos, atos e obras logo se modificam.

Reafirmando a idéia de Barreto (2006), para promover mudança o Ser Humano precisa sim estar consciente e conhecer de fato a sua relação com o mundo físico, psíquico e espiritual em seu constante movimento de procura pelo equilíbrio universal.

Quando analisamos o Ser Humano em suas três dimensões: sentir, pensar e agir; buscamos em  primeira e última instâncias a razão da nossa existência e a finalidade de nossas vidas, pois a dimensão do pensar é aquela que dá conta do racional, do entendimento de dados e fatos; dimensão do sentir é aquela que dá conta das nossas emoções e valores e a dimensão do agir é aquela ligada às nossas ações e motivações.

Para tal, reporto-me  a Ocidemnte (2003, p. 29-31), ao expressar:

1 São eleitos de Deus. Os que já concebem, em si mesmos, que importa deveras ao Ser Humano tornar e manter integrados os seus sentimentos, pensamentos e atos, numa ação de integração, em função de suas, essencialmente necessárias e racionalmente justificáveis, realizações, considerando a Finalidade da Vida, bem como a Razão de Nossa Existência. 2 Afinal é fato que, o Ser Humano é um ser que sente, pensa e age. No entanto, ele não é só o produto, do que sente, pensa e faz, mas também, do meio em que vive, bom que seja redito. 3 Portanto, ele não é só produto, mas, também, produtor do meio em que se encontra inserido. 4 Eis que nós, o mundo e a humanidade somos um, e os fazemos como são e estão.5 Portanto, cada um deve fazer a sua parte para que o todo viva em estado efetivo de Harmonia, Amor, Verdade e Justiça. 6 O Ser Humano, essa trindade, não raro, adormecida, composta que é de altura, largura e profundidade. É tão grande quanto compreende a sua altura como sendo a sua elevação para Deus; a sua largura como sendo a sua busca ao bem estar de si mesmo, do seu próximo, e do meio em que vive; Portanto do todo que é e faz parte, e a sua profundidade como sendo a sua busca acerca de si mesmo, portanto, do Princípio Criador, da Finalidade da Vida, bem como da Razão de Nossa Existência. 7 No entanto, não há mistério na altura nem na largura, mas há na profundidade. 8 Enquanto ignoramos, esquecemos e/ou inobservamos, por exemplo, o que indica a noção exata de alma, de consciência e de Lei Natural, para a nossa evolução abreviada consciente, nos tornamos e mantemos densos, ainda que tenhamos pouco volume, pois estaremos baixos na altura, estreitos na largura e rasos na profundidade. 9 Eis que, meus amados, Deus nos quer onde estamos e como somos, sem a menor possibilidade de sermos outra coisa, senão nós mesmos. 10 Portanto, busquem saber, cada vez mais, se integrarem à força para não se entregarem à força, pois o Ser Humano não pode deixar de adquirir a sabedoria, a força e a beleza. No entanto, deve estar bem claro que, senão nada, pouco adianta adquirir a sabedoria e a força, e não se ter beleza em suas ações.

Portanto, o Ser Humano deve ser livre, inteligente e criativo para buscar o equilíbrio entre materialidade e espiritualidade; consciente de sua força para alcançar a sustentabilidade e a religação com o todo.

Parafraseando Morin (2000, p.157-158), a relação do homem com a natureza não pode ser concebida de forma redutora nem de forma separada, pois a humanidade é uma entidade planetária e biosférica onde o Ser humano é ao mesmo tempo natural e sobrenatural tendo sua origem na natureza viva e física, emergindo dela e se distinguindo dela pela cultura, pensamento e consciência.

Neste sentido, cabe trilharmos o caminho da evolução, mostrando os diferentes estágios do viver e da compreensão do Ser humano a partir de sua constituição física, psíquica, moral e suas tendências sobre o sentir, pensar e agir. Conforme quadro a seguir:

MOVIMENTOS SOCIAIS/REVOLUCIONÁRIOS
HUMANISMO
(Segunda metade do século XIV)
Física/ Psíquica/ Moral
Sentir/ Pensar/Agir
Reconhecimento da totalidade como ser formado de alma e corpo destinado a viver no mundo e a dominá-lo.  O Humanismo reivindica para o homem o valor do prazer, exalta a sua dignidade e liberdade.

Valorização das disciplinas que estudam o ser humano.
Nega a superioridade da vida contemplativa, sobre a vida ativa.

O Homem é a medida de todas as coisas.

Os artistas começam a dar mais valor às emoções.
RENASCIMENTO
(Fim do século XIV
até o século XVII aprox.)
Renovação moral, intelectual e política decorrente do retorno aos valores da civilização em que o homem teria obtido as suas melhores realizações: a greco-romana. O corpo humano com todos os seus detalhes era exaltado na escultura e na pintura. Ideais do Renascimento:
Antropocentrismo

Hedonismo (prazer individual e imediato com supremo bem da vida humana).

  • Racionalismo
  • Otimismo
  • Individualismo
Desenvolvimento do espírito crítico, racionalista; Formava-se um novo perfil do homem das ciências, oposto ao obediente religioso que tudo acreditava em nome da fé.
ILUMINISMO
(Século XVIIIII aprox.)
Os princípios religiosos baseados na fé foram substituídos por princípios científicos baseados na razão.

O Iluminismo adota a fé cartesiana da razão, mas também acha que é limitado o poder da razão.
Respeito aos valores individuais como liberdade, igualdade, propriedade.

Ênfase nas idéias de progresso e perfectibilidade humana.
EXISTENCIALISMO
(Meados do século XIX
 até o século XX.)
O modo de ser do homem é um modo de ser no mundo em determina situação.

O homem nunca é, e nunca encerra em si uma totalidade infinita.

Existir significa relacionar-se com o mundo, com as coisas, com os outros homens.

Não há no ser humano uma alma ou espírito já incorporado. Esta essência será adquirida através da existência, pois o homem define a sua realidade.
O homem está entregue ao determinismo no mundo.

A liberdade do homem é condicionada, finita e obstada por muitas limitações.

O Existencialismo ignora a noção de progresso porque não pode entrever nenhuma garantia dele.

O Existencialismo reconhece sem pudores a importância que tem para o homem, a exterioridade, a materialidade.

Afirma o primado da existência sobre a essência. Essa definição funda a liberdade e a responsabilidade do homem.
CONSCIENCIALISMO
(2010...
Corpo como canalização e expressão de energia do Universo; consciente de seu movimento em relação a si próprio; ao outro e a natureza; ser ético, socialmente responsável com posicionamento visionário sem limites para criatividade.

O Ser Humano inteligente, livre e criativo, em busca do equilíbrio entre materialidade e espiritualidade consciente de sua força ao alcance da sustentabilidade e da religação com o todo.

Fonte adaptada: Barreto, m.; torres, r., 2008.

Este quadro nos leva observar como o Ser Humano vai desenvolvendo suas consciências paulatinamente, a partir do seu sentir, pensar e agir, mas também através do meio no qual está inserido. O Consciencialismo surge neste contexto para preencher lacunas deixadas por nossos antecessores, afinal, como foi dito no inicio desta construção, o passado guarda a nossa história e indica as perspectivas de novos rumos.

É valido considerar que o Ser Humano em todo momento enfrentou e/ ou enfrenta uma gama de desafios; como epidemias, desastres naturais, desmatamento, poluição, guerras, que põem a prova sua sobrevivência e a das futuras gerações; e isso ocorre por que todos nós costumamos pensar que tudo o que nos cerca já é algo que existe sem nossa interferência ou escolha. (ARNTZ et. al, 2007, p. 111) A grande questão é entendermos o ciclo da manifestação universal, onde tudo parte de nós e certamente retornará a nós. Segundo Goswami (1998, p.19):

Um nível crítico de confusão satura o mundo contemporâneo. Nossa fé nos componentes espirituais da vida—na realidade vital da consciência, dos valores, e de Deus. [...] As tribulações em que vivemos alimentaram a exigência  de um novo paradigma—uma visão unificadora do mundo que integre mente e espírito [...]

Complementando as palavras de Goswami (1998), o mundo não somente precisa de um olhar que unifique mente e espírito, mas sim uma visão que contemple  natureza, corpo, mente e espirito, pois as relações entre Ser Humano/Natureza; Ser Humano/Ser Humano e Ser Humano/Deus devem estar pautadas no respeito, no amor, no comprometimento e ações de sustentabilidade, onde teremos certeza que estaremos em completo equilibro, contribuindo para o novo sentido de moralidade nessas relações.




CONVITE AO CONSCIENCIALISMO
“A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás;
mas só pode ser vivida, olhando-se para frente.”
(Soren Kierkergaard)


Neste constante movimento de busca, convidamos a todos a colaborarem e serem multiplicadores desta idéia que surgiu com o intuito de levar a Humanidade a criar, despertar, desenvolver um novo Ser Humano; ético, responsável, fraternal, com ações criativas e sustentáveis, a partir do despertar de sua própria Consciência.

Eis que se todos nós somos formados pela mesma luz, pela mesma força, pela mesma energia, temos por “obrigação” carregar a bandeira do indivisível, da religação com o todo, pois a primeira e última revoluções começam a partir de nós e “a mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.” Albert Einstein (1879 – 1955).

JUNTE-SE A NÓS!
FAÇA PARTE DESTE MOVIMENTO.




REFERÊNCIAS

ABBAGNANO, Nicola. História da Filosofia. Vol.14. Tradução Conceição Jardim, Eduardo Lúcio Nogueira e Nuno Valadas, Lisboa: Presença, 1970 p.179 – 291

ARNTZ, Willian et. al. Quem somos nós?: a descoberta das infinitas possibilidades de alterar a realidade diária. Rio de Janeiro: Prestígio editorial, 2007. p. 107 – 118.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS Maria Helena Pires. Filosofando, introdução à Filosofia. 2ª edição rev. e atualizada, São Paulo: Moderna, 1993.

BARRETO, Maribel Consciência e educação. In: SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE CONSCIÊNCIA, 1.,2006, Salvador. Anais... Salvador: Fundação Ocidemnte, 2006. 1 CD-ROM.

._______________ O Centro é toda parte – a consciência é prova cabal disto. In: SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE CONSCIÊNCIA, 1., 2008, Salvador. Anais... Salvador: Fundação Ocidemnte, 2008. 1 CD-ROM.

________________ Consciência Significa sem Significar. In: SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE CONSCIÊNCIA, 1.,2010, Salvador. Anais... Salvador: Fundação Ocidemnte, 2009. 1 CD-ROM.

GOSWAMI, Amit. O universo autoconsciente – como a consciência cria o mundo material. Rio de Janeiro: Record – Rosa dos Tempos, 1998. p. 9 p. 225 – 235; p. 263 – 275; p. 310 – 315

JÚNIOR, Alfredo Pereira. Aspectos conceituais e metodológicos da ciência da consciência. In: SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE CONSCIÊNCIA, 2., 2007, Salvador. Anais... Salvador: Fundação Ocidemnte, 2007. 1 CD-ROM.

MELLO, Leonel Itaussu A. COSTA, Luís César Amand. História moderna e contemporânea. São Paulo: Scipione, 1999. p. 38 – 55

MEISTER, M. F. Olho por olho: a lei de talião no contexto bíblico. Disponível em http://www.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_XII__2007__1/mauro.pdf acesso em 26.06.2010 as 18:07

MORIN, Edgar. Religação dos Saberes. São Paulo: Bertrand Brasil, 2001. P. 41 – 52

MORIN, Edgar e KERN, Anne Brigitte. Terra Pátria. Porto Alegre: Sulina, 2000. p.45-56; p. 151 - 161

MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patrícia Ramos. História: das cavernas ao terceiro milênio. 1. ed. São Paulo: Moderna, 1997, vol. Único


ORGANIZAÇÃO CIENTÍFICA DE ESTUDOS MATERIAIS, NATURAIS E ESPIRITUAIS. O sermão das dunas. 2. ed. Salvador: OCIDEMNTE, 2003. p. 29 – 31.

TORRES, Clérisson. Os níveis do pensar e a consciência humana. In:SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE CONSCIÊNCIA, 1., 2006, Salvador.Anais... Salvador: Fundação Ocidemnte, 2006. 1 CD-ROM.

TORRES, Clérisson; TORRES, Renata. O autoconhecimento como método específico na busca de nosso centro. In: SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE CONSCIÊNCIA, 3., 2008, Salvador. Anais... Salvador: Fundação Ocidemnte, 2008. 1 CD-ROM.

VICENTINO, Cláudio. História Geral. Ed. atualiz. ampl. São Paulo: Scipione, 1997.

XIMENIS, Sergio. Minidicionário Ediouro da Língua Portuguesa. 2ª edição rev. e ampl. São Paulo: Ediouro, 2000.










1.Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Universidade Católica do Salvador (UCsal, 2007); Pesquisador do Núcleo de Investigações Avançadas da Consciência – NIAC, vinculado ao Programa de Mestrado da Fundação Visconde de Cairu; Desenvolve trabalhos nas áreas de Comunicação Integrada e Design Gráfico. Contato: ranulfocastro@gmail.com.
2.A expressão vem do latim Lex Talionis (lex = “lei” e talis = “tal, de tal tipo”) e consiste na justa reciprocidade do crime e da pena. Esta lei é freqüentemente simbolizada pela expressão “olho por olho, dente por dente”. O Código de Hamurabi, escrito em acádio ou babilônio antigo (1750-1730 a.C.). (MEISTER, M. F. 2007, p.58)